Liga da Justiça | A Liga finalmente se uniu


Liga da Justiça, um dos filmes mais aguardados do ano, um filme que teria como responsabilidade dá uma certa continuidade ao padrão que o longa da Mulher Maravilha fincou. E ele entrega um produto, acima de tudo divertido, parece que o lado sombrio da DC vai ficar um pouco mais claro.

Os eventos que impulsionam a trama começaram a ser trabalhados em Batman v Superman: A Origem da Justiça, mas ele não parece exatamente uma continuação e sim um filme de origem. Isso se deve em grande parte à tarefa nada fácil de apresentar ao espectador três novos personagens em um só filme, além de largamente mudar o tom do que vinha sendo feito até então.

Esse é mais leve que os outros, se aproximando mais da Mulher Maravilha, talvez por isso as cenas com Diana sejam mas bem trabalhadas, o oposto acontece com o Cavaleiro das Trevas, Ben Affleck, parece não se esforçar para entregar o personagem que tanto gostamos, que aparece mudado em relação a sua primeira aparição uma mudança bem grande que foi notada e não muito bem recebida. Isso mais claro quando vemos o ator em cena que parece desconfortável em algumas cenas. Apesar de inegável talento do ator, não é possível reconhecer um esforço ali para tentar deixar o personagem mais interessante.


O longa tem algumas pitadas de humos muito bem apresentadas pelo Flash de Ezra Miller, ele se encaixa perfeitamente como o alívio cômico. Ele é talvez o único personagem novo que tem algum desenvolvimento coerente, que é possível ver uma consistência nas ações e que deixa o público animado para um filme solo. Ezra convence como o novato Barry Allen e traz uma energia que dá uma nova carga da ânimo à Liga da Justiça, especialmente nos momentos em que ele interage com os outros heróis.

A equipe conta também com Ciborgue, Ray Fisher, que vemos seu drama pessoal se desenvolver ao longo da trama, com foco maior na metade do filme, quando expões seus problemas para Diana e depois agi como o herói que foi destinado a ser. Aquaman, Jason Mamoa, tem pequenos detalhes do seu passado e origem revelados que nos faz ter mais curiosidade sobre seu filme solo e nós faz ter uma visão BEM diferente do desenho da Liga da Justiça da Hanna-Barbera.

O desenvolvimento individual dos personagens é divertido, ver como as diferentes personalidades e poderes se complementam, formando uma equipe que funciona muito bem em conjunto. As interações fora do combate estão entre os pontos altos do filme.


Superman, Henry Cavill, que não pode estar presencialmente ali, mas a ideia de esperança que ele instiga na humanidade está muito bem representada, muito mais viva do que nos filmes anteriores. As consequências da morte dele são bem trabalhadas através do clima de insegurança e violência nas ruas, que afetou o dia a dia de pessoas comuns. Tudo isso é mostrado em uma bela cena inicial embalada por “Everybody Knows” de Leonard Cohen. Finalmente temos um Superman.

Vilões muita vezes costumam dar trabalho, ainda mais vilões com super poderes e querem destruir no planeta azul. No entanto não vemos toda a força e potencial do Lobo da Estepe, talvez prejudicado pelo fraco CG e fraca motivação, não deu para preparar o público para o Darkseid, que é mencionado no filme, com certeza esse é um dos pontos mais baixo do filme o vilão esta ali mais para juntar os heróis do que propriamente concretizar seu plano de destruição.


As batalhas em si são interessantes para mostrar como os heróis funcionam bem como equipe, mas não trazem momentos marcantes que se comparem à chegada da Mulher-Maravilha na luta final de Batman vs Superman. Mas são nesses momentos que vemos a interação entre eles e o que faz cada um está ali, sua motivação individual se torna a motivação do grupo.

Liga da Justiça ainda não é a voz guiadora do caminho que a DC deve seguir, mas já é um começo de uma caminhada, que nós esperamos que seja longa, o filmes traz cenas divertidas e ótimos diálogos. Mas falta um pouco mais dos quadrinhos ali, um pouco mais de alma. Liga da Justiça vale sua ida ao cinema e te deixa ainda mais esperançoso depois da segunda cena pós crédito. Não saia do cinema antes.

Nota do Crítico: 8/10

Liga da Justiça já estreou nos cinemas brasileiros.  E você pode conferi-lo em em tecnologia 3D no Centerplex cinemas do Shopping Via Sul.

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