▕ Wagner Williams Ávlis*
(– Gravando!).
[...] 1, 2, 3: aguarde sua vez! 4, 5, 6: beijinho
explosivo em vocês! Hahaha! Hum-hum. Errr... É pra falar sério agora,
pudinzinho?
(– Sim!).
Tá. Oi, oi, docinhos! Muita gente tem se
perguntado na net por que eu agora sou o centro das atenções no mundo nerd; o
que eu tenho que minha “miga” Hera não tem pra merecer um gibi próprio; e pelo
quê tenho sido a preferida da vez entre os fanartes e as cosplayers. Bang! Eu
mesma tenho a resposta.
(– Ai, mon
amour, estou me saindo bem?).
(– Sim. Só. Não. In-ter-rom-pa. De. Novo!).
"Louco Amor": minha biografia! |
Iupe-iupe! [Smack!]. Continuando, “bang! Eu mesma
tenho a resposta”. Comecei a chamar a atenção assim que dei um pinote em Batman, A Série Animada (1992), episódio
22, "Um Favor ao Coringa"; depois,
quando cambalhotei na graphic novel Louco
Amor (1994), na qual se conta minha origem, meu trunfo de capturar o Batman
– e quase eliminá-lo, se eu quisesse, coisa que o senhor C. jamais conseguiu! –
e onde faturei os prêmios Eisner e Harvey, de melhor edição especial. Sabe como
é, né gente? Versão feminina do sr. Coringa, dualidade entre a mocinha CDF e o
louco existente em cada um de nós, feminilização da histeria “O Médico e O
Monstro”, alusão às doidonas Rainha de Copas, de Alice no País das Maravilhas, e
Rainha Vermelha, de Alice Através do
Espelho, obras do sr. Lewis Carroll. Deixa eu contar um segredinho, gente:
os (coisas fofas) Bruce Timm e Paul Dini – que me deram a chance de vir ao
mundo, primeiro pelo desenho animado do Batman, depois pelos quadrinhos – pra
me tirarem da sua cachola, se inspiraram no conceptista do meu pudinzinho, o
sr. Jerry Robinson. Jerry se inspirou na carta de baralho de curinga (shshsh!
Além do filme “O Homem Que Ri” [1928], com Conrad Veidt), enquanto Timm e Dini na
carta de baralho da rainha de ouros; por isso o brasão de ouro no meu traje e o
nome “Quinn” lembrando o som de “queen”, “rainha”, além de ser um trocadilho
com “arlequim”, personagem da comédia medieval italiana, e meu nome, “Harleen
Frances Quinzel”. Tamanhas
referências como essas, docinhos, só poderiam mesmo chamar a atenção para mim,
sim? Rsrsrs!
Ainda assim, meu “boom” só se deu 10 anos depois,
no revamp dos artistas ginásticos
Jeph Loeb, Jim Lee, Silêncio (2002). Falei
“ginásticos” por trocadilho, já que sou uma ginasta também. Será que os
leitores entenderão, meu bobo-da-corte?
(– Explodam-se se não entenderam. Ficou ótimo! Ei,
psiu! Bobinha, esqueceu a parte das feminazis...).
(– Xi, foi! Péra...).
Pois é, docinhos. Li por aí, umas feministas nerds
(o.Õ) vêm gritando em blogs que me popularizei porque eu seria só mais um
“objeto sexual apelador” para os meninos, e mais uma “oprimida personagem
mulher” pelo senhor C.; que o elenco do Esquadrão Suicida tem duas outras
gatíssimas, Magia (Cara Delevingne) e Katana (Karen Fukuhara), o que não há pra
quê eu “roubar a cena”, e que a roupitcha da minha “miga” Margot Robbie é de
“torcer o nariz”. Aqui estão umas – mostro mesmo as recalcadas, ó:
♦ https://femizillastolemyrazer.wordpress.com/2015/05/12/3-motivos-para-torcer-o-nariz-para-a-roupa-da-harley-quinn-em-esquadrao-suicida/
♦ https://afornalha.wordpress.com/2015/05/11/amiga-assim-nao-tem-como-te-defender-arlequina-propriedade-do-coringa/
Que feio! Nunca leram a meu respeito numa Super-Heróis Premium da vida, e já vão me taxando... Nem sabem que meu papai, o sr. Bruce Timm, disse em entrevista que gostou muito-muito do visual da lindinha Margot Robbie (http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-113151/). Se ele, que é “O Cara”, aprovou o traje, quem são as feminazis pra reprovarem? Aqui pra vocês, ó!?
♦ https://femizillastolemyrazer.wordpress.com/2015/05/12/3-motivos-para-torcer-o-nariz-para-a-roupa-da-harley-quinn-em-esquadrao-suicida/
♦ https://afornalha.wordpress.com/2015/05/11/amiga-assim-nao-tem-como-te-defender-arlequina-propriedade-do-coringa/
Que feio! Nunca leram a meu respeito numa Super-Heróis Premium da vida, e já vão me taxando... Nem sabem que meu papai, o sr. Bruce Timm, disse em entrevista que gostou muito-muito do visual da lindinha Margot Robbie (http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-113151/). Se ele, que é “O Cara”, aprovou o traje, quem são as feminazis pra reprovarem? Aqui pra vocês, ó!?
"Já acabou", feminazis? Tô é rindo de seus comentários sobre o modelito da Margot. |
(– Hahaha! Adorei isso, colombina!).
(– Ai... Posso ser mais adorável se quiser,
pudinzinho...).
Ops, voltando pra cá! Daí não faltei em nenhum
game com o Morcegão: Arkham Asylum (2009), Arkham City (2011), Arkham Origins (2013), Arkham Origins Blackgate (2013), Arkham
Knight (2015), Injustice God
Among Us (2013) e suas respectivas HQs;
estive nas animações Flashpoint (2013)
e Batman: Assalto ao Arkham (2014);
estou no reboot dos Novos 52 na revista do Esquadrão Suicida. De olho nesse meu
brilhante trajeto, a DC (que não é boba!) me deu uma revista própria, e eu
disse: “Vai ser um estouro!”, hahahaha! Até invadi a Comic-Con[2]...
♦ 1. Mudança de
paradigmas. Depois do advento do
realismo literário da Era Moderna, as fronteiras que separavam o bem e o mal,
antagonista-protagonista-coadjuvante, o vilão, a mocinha e o herói, ficaram
mais confusas, e por isso está cada vez mais difícil distinguir atos heroicos
de atos vilanescos, por isso a onda pela preferência aos anti-heróis. Há quem
me chame de anti-heroína por isso e pelo que sou, haha!
♦ 2. Correlação com o
Coringa. O fato
de eu ser a versão feminina do serial
killer mais aclamado dos gibis e por vivermos, eu e ele, uma relação
perigosa, fetichista de amor e ódio, atiça os imaginários mais férteis ou
reprimidos dentre o público, né pudinzinho?
(– É, pudinzona. Acresço ainda as suas generosas
curvas em seus generosos trajes, hehehehe!).
♦ 3. Tríade entre
feminilidade-loucura-infantilidade. Li em um poeta medieval que uma mulher, de
verdade, tem um quê de criança. Sou ainda mais: sou as duas coisas e ainda sou
maluquinha, hahahaha! Que mulher não quer surtar de vez em quando?
(– É. Só é normal enquanto dorme).
Pago
as minhas contas, me sustento sem ajuda de ninguém, amo e defendo o direito dos
mais indefesos – os animais; adoro sair com as amigas. Acho que isso termina
identificando muitas garotas comigo.
♦ 5. Visual “teen”. As minas piram em meus
modelitos, e as novinhas se reconhecem em mim, na minha personalidade “rebelde”
e nas roupas descoladas: xuxinhas, presilhas, delineador forte, maquiagem,
primer e sombras chocantes, cabelos tingidos no estilo tie-dye, correntes,
pulseiras, coleirinhas, corsets, botas, saias de prega, calça justa, tudo com
estilo entre o punk e o psicodélico... Ufa! São tantos acessórios que me fazem
ser uma referência na moda nerd feminina. Só vai dar eu daqui pra frente nos
próximos carnavais, bailes à fantasia, halloween, convenções pop – xeque mate,
baby!
Bom, acho que enfim respondi a
vocês, docinhos, o porquê de eu estar tão em alta (e não é por pouco) rsrsrs!
Beijinho em vocês. E como se tem dito aí no Brasil, “beijinho no ombro” pros
noobs, haters e pras feministas.
(–
Como me saí, pudinzinho?).
(–
Um “estouro”, queridinha! Postando agora na internet...).
Tchauzinho, docinhos... |
________________________________________
(*) Professor de Língua Portuguesa,
Literatura Brasileira, Redação, escritor da Academia Maceioense de Letras,
articulista de imprensa. Nas horas vagas, é historiador do Homem-Morcego.
[1]
Fala original da dra. Harleen Frances Quinzel quando se percebe atraída pelo
Coringa na graphic novel “Louco Amor” e no episódio de mesmo nome na animação
“Batman, A Série Animada”.
[2]
Comic-Con é a maior convenção nerd do
mundo, realizada por 4 dias em San Diego, Califórnia-EUA. No caso, a referência aqui é ao gibi Arlequina Invade a Comic Con International San Diego (2014, Jimmy Palmiotti e Amanda Conner, ed. Panini, 44 págs.).