Horizonte Profundo - Desastre no Golfo, é sutilmente bom ao relatar um dos maiores acidentes da história



Para quem já está acostumado com o famigerado formato de filmes de tragédia, aqueles que conta como base uma história verídica, já sabe como é as coisas. Foco em um personagem, que tem carinha de bobo, super empático, altruísta nível 100% e que sempre tem alguém esperando ele lá fora, inclusive essa(s) pessoa(s) é a motivação para que ele saia vivo daquela situação que adoram mostrar que seria impossível para qualquer outro.

O filme Horizonte Profundo, relata em detalhes o acidente que ocorreu devido a uma falha humana no dia 20 de abril de 2010, na estação de retirada de petróleo chamada Deepwater Horizon, que ficava localizada no Golfo do México. O acidente é mostrado pela pespectiva de várias pessoas que estão a bordo da enorme plataforma, porém ela tem seu foco no eletricista Mike Williams (Mark Wahlberg). O filme começa quando Mike (desta vez o verdadeiro), está dando seu depoimento sobre as negligências ocorridas quando os responsáveis da British Petroleum (BP), recapitulando desde o inicio ao até o caos total presenciado por ele. 

A história é fechada e sem muito o que exigir, exibe uma verdade nua, sem as pomposidades que é são os filmes do gênero, deixando os heróis feridos e incrivelmente abalados com o ocorrido, e punindo os culpados, mesmo eles sendo americanos ou pessoas corporativamente importantes. Para quem estava esperando que o filme falasse sobre os vários impactos ambientais que o desastre causou, ao derramar milhares de litros de lama (petóleo) no mar, não esperem! Porém, destaca e enfatiza os perigos que essa prática de retirada ainda continua sendo arriscada e nada segura.

Em Horizonte Profundo as coisas são um pouco mais diferentes, admito, superamos todos os antigos problemas, em fazer uma história verídica, mas, são as novas técnicas que podem atrapalhar um pouco, ou apenas não estamos acostumados com isso. O fato de mostrar pequenos flashs dentro de algumas cenas, que estão em sequência, sem dúvidas, pega o espectador desprevenido e o deixa em dúvidas de ema qual tempo aquela conversa acorreu. O roteiro tem lá seus probleminhas, quando o quesito é diálogo, porém nada muito grave, afinal estamos apenas contando uma história, vivenciada por várias outras pessoas que relataram um fato.

Sem muitos detalhes, e com maior ênfase na bravura e na prestação de condolências a todos que estiveram envolvidos com o terrível acidente, Peter Berg (O Grande Herói), soube dirigir o filme muito bem, sem maiores dificuldades contou uma história e pronto. Passou emoção, soube homenagear, punir e o melhor de tudo, não pesou a mão nos clichês que Hollywood tem em endeusar seus mortos em algum filme do gênero, tudo isso com a ajuda de um elenco também muito competente.

Pontos altos do filme: 

  • Sem firulas, mostra a dor de perder entes queridos.
  • As explosões são muitas, porém necessárias para mostrar o por que que ele é considerado um dos maiores desastres da história.


Pontos fracos do filme: 
  • Diálogos rasos, pouco aprofundados em nos dizer o real problema.

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