O filme do diretor Markus Schleinzer é meio chocante ao abordar um tema não muito explorado no cinema, a pedofilia.
Markus que já trabalhou como casting director em filmes de Michael Haneke ( um dos meus diretores favoritos!!!) pode ter se inspirado no mestre do desconstrutivismo humano no seu filme de estreia.
Aqui somos apresentado a Michael, um cara simples e suburbano de poucos amigos, mas com um grande segredo, em uma sala muito bem trancada e limpa ele esconde um garoto de 10 anos com quem mantém relações sexuais. Sem muito estardalhaço somos apresentados a essa estranha relação quase que paternal entre o algoz e a sua vitima, seja em passeios curtos, em jantares ou nas relações sexuais. É um filme seco (como uma das cenas onde Michael lava o pênis depois de uma relação), porém bastante aflitivo e revoltante para quem assiste.
Um filme que nos deixa perplexo de que como o ser humano é uma maquina emocionalmente complexa, que consegue criar dor e desespero para uns e fazer desses mesmos sentimentos uma fonte de prazer de intimidade para outros.
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