Westworld | Volta devagar mas já ambienta como será essa temporada


Domingo, 22 de abril, foi a data em que a segunda temporada de Westworld estreou pela HBO, o episódio mostrou que a série continua com a mesma fórmula, mas já dá indícios de que sua narrativa será expandida em maiores proporções aos poucos, com vários núcleos diferentes, guiados por personagens já conhecidos.

O episódio não tem uma estrutura linear para explicar o que aconteceu após o assassinato de Robert Ford (Anthony Hopkins) pela anfitriã Dolores (Evan Rachel Wood), na festa de inauguração de uma nova narrativa do parque. Nele vemos oscilações entre cenas do presente (alguns dias após o caos da festa) e passado (na noite da festa). No entanto, como é frequente em Westworld, as explicações não são diretas, e ainda há muita coisa perdida pelo ar.

O arco principal agora se divide em várias histórias paralelas, focadas em personagens diferentes. Nelas, se destacam Bernard (Jeffrey Wright), Dolores, Maeve (Thandie Newton) e o Homem de Preto (Ed Harris) — cada um enfrentando dificuldades específicas e buscando objetivos opostos. Um novo jogo para o Homem de Preto; a “nova” personalidade ambiciosa e fria de Dolores em busca de dominação; o acerto de contas de Maeve; e a crise existencial de Bernard se entrelaçam sob os holofotes da revolução, que será um divisor de águas para o que está por vir.

Com uma construção lenta e uma estrutura enigmática, o primeiro episódio é como um teaser da temporada — quando parece que algo grande vai acontecer, ele acaba, deixando o melhor para outro momento. Mais mistérios e até pontas soltas já foram introduzidos em apenas 50 minutos, que devem ser respondidos no decorrer da série, assim como aconteceu na primeira temporada. Westworld apresenta um novo quebra-cabeça, e o início de uma história engenhosa para dar continuidade ao que construiu até aqui, porém precisa dar uma leve acelerada — ou vai deixar a trama cansativa com tanta lentidão, considerando que o público já está bem familiarizado com o que está acontecendo.

Novos personagens e o novo parque (por favor, nos deem Shogun World!) ainda estão para ser apresentados, então há várias possibilidades para a história, que colocam em risco vários personagens. E, independentemente do desfecho da revolução liderada por Dolores, essa pergunta com certeza ressoará em nossos ouvidos novamente: até onde nossas relações com as máquinas podem nos levar?

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