Volto ao tema “inconsciente coletivo” (do meu texto de 31 de outubro, em homenagem ao “Dia das Bruxas”), agora para comemorar a vinda do “maior festival de cultura pop no mundo da sétima arte”, intitulado “Comic Con” (que rolou em “Sampa”, agora em novembro, e volta no início de dezembro, de novo em São Paulo), com o cinema me fazendo companhia como sempre.
Dentre os componentes psíquicos do “inconsciente coletivo”, enquadram-se os “protótipos” (que mencionei no texto anterior) e estes, quando aceitos, às vezes são banalizados em “estereótipos”, que são fórmulas fixas, onde não se incentiva a criatividade ou a inovação, dificultando outras formas de pensar ou de observar a realidade.
O estereótipo, por sua vez, faz parte do nosso subconsciente e refere-se a idéias ou convicções preconcebidas e a julgamentos antecipados. É o pensamento por clichês, é a tipificação das coisas de forma caricatural. Tendem à imobilidade e à generalização e, portanto, pensar por estereótipos é resignar-se a não pensar.
Os estereótipos mais significativos são os que se referem aos papéis sexuais, raciais, profissionais e sociais, o que pode provocar sérios problemas nas populações que são apresentadas de forma estereotipada, exacerbando características como se fossem próprias e só observadas naqueles grupos de indivíduos, por exemplo, a famosa “loira burra” (com “direito” a música inclusive), o negro injustamente rotulado como marginal e o homossexual estigmatizado como libertino e promíscuo.
Temos também o “intelectual nerd”, o “judeu muquirana” e o “árabe terrorista”, todos estereotipados ao extremo (o ótimo programa humorístico de Portugal, intitulado “Gato fedorento”, brinca com um desses estigmas do imaginário popular).
E eu acrescento aqui o meu único estereótipo, que eu tento, em vão, me livrar – “homem com camisa do FRAmengo em dia comum”, ou seja, em dia que não de jogo (no máximo, dou um “desconto” no dia seguinte ao jogo, e olhe lá...) – pois minha primeira impressão, antes de conhecer o fulano, é sempre a mesma, ou seja, o sujeito é “burro, babaca e/ou galinha” (“qualidades” estas, intoleráveis para mim, num homem) ou então é “cachaceiro”, um alcoólatra inveterado – ai, que maldade a minha, rsrsrs (“but sorry”, não é minha culpa, é instintivo, já faz parte do imaginário popular sobre o “urubuzão”).
Segundo estudiosos, os estereótipos foram criados “como um método de controle social”. Muitos filmes que versam sobre o tema da homossexualidade e trans-sexualidade, por exemplo, não são bem recebidos pelo próprio público gay, que simplesmente não se enxerga em personagens por demais caricatos e distantes de sua realidade.
Nerds de todos os tipos voltaram “a toda”, estão “na moda”, estereotipados ao máximo na série americana “The Big Bang Theory”, com o personagem clichê Sheldon (mais caricato, impossível), o indiano Raj, e o amigo Leonard que adoram todo tipo de “nerdice”, todos fissurados em temas que vão de um extremo a outro, de física quântica a super-heróis em quadrinhos (na cena abaixo, a roupa feminina de Batman é linda, eu tenho a mesma original, que fica bem melhor, óbvio, em quem tem cintura, peitos e quadris, kkk).
Os nerds sempre foram retratados nos quadrinhos e no cinema – tais como o fotógrafo nerd Peter Parker, sob a pele do famoso “Homem-Aranha”; também nerd é o famoso Clark Kent e o seu avatar, o “Super-homem”; e em “Curtindo a vida adoidado” (“Ferris Bueller's day off”), o amigo nerd de Ferris Bueller (Mattew Broderick) é um simpático desajustado que, na famosa cena, assiste a performance do amigo tresloucado, ao som de “Twist and Shout”, dos Beatles.
Nerds de todos os tipos voltaram “a toda”, estão “na moda”, estereotipados ao máximo na série americana “The Big Bang Theory”, com o personagem clichê Sheldon (mais caricato, impossível), o indiano Raj, e o amigo Leonard que adoram todo tipo de “nerdice”, todos fissurados em temas que vão de um extremo a outro, de física quântica a super-heróis em quadrinhos (na cena abaixo, a roupa feminina de Batman é linda, eu tenho a mesma original, que fica bem melhor, óbvio, em quem tem cintura, peitos e quadris, kkk).
Os nerds sempre foram retratados nos quadrinhos e no cinema – tais como o fotógrafo nerd Peter Parker, sob a pele do famoso “Homem-Aranha”; também nerd é o famoso Clark Kent e o seu avatar, o “Super-homem”; e em “Curtindo a vida adoidado” (“Ferris Bueller's day off”), o amigo nerd de Ferris Bueller (Mattew Broderick) é um simpático desajustado que, na famosa cena, assiste a performance do amigo tresloucado, ao som de “Twist and Shout”, dos Beatles.
Eu, particularmente, tenho uma “quedinha” (rsrsrs) pelos nerds porque, hoje em dia, eles são menos “nerds” e mais “geeks” (ou seja, se vestem modernamente e, extremamente excêntricos, são fissurados em tecnologia) e, em geral, eles são inteligentes (e isso é fundamental para mim, detesto homem com “QI de ameba paralítica de plástico”), e mesmo se sarados (não faço questão, basta ser normal não obeso), eles jamais se esquecem de “malhar o cérebro” (do contrário, eu nem olho) e não costumam curtir futebol (ou, se curtem, pelo menos não são aqueles famosos chatos fissurados).
E eles costumam gostar de tudo relacionado à sétima arte (e não só filmes de ação, como a maioria dos homens), por isso mesmo sensíveis e, como também curtem “super-heróis”, costumam ser “algo inocentes” (leia-se “não galinhas”) ou seja, eles são “tudo de bom” – o personagem Ross ( papel do ator David Schwimmer), um intelectual paleontólogo, mas sensível e atrapalhado “roommate”, da série americana “Friends”, é um deles.
Outro “nerd” famoso é o ator Will Ferrell, sempre caricato nos seus filmes – no filme “A night at the Roxybury” (“Os estragos de sábado à noite”), a divertida cena do ator, ao som de “What’s love?”, fazia parte de um esquete gravado inicialmente no programa humorístico americano “Saturday night live” (com os também “nerds”. o ator Jim Carrey e o comediante Chris Kattan), que acabou dando origem ao filme nerd.
E o que dizer do ator Mike Myers e o seu personagem clichê, o agente idiota “Austin Power”? Suas esdrúxulas tiradas nas mais loucas e tresloucadas cenas são “prá lá” de surreais (abaixo, uma das loucas e piradas cenas de um dos seus filmes).
E o grande encontro de todos os nerds ( ou melhor, dos“geeks” em geral ) acontece no “Comic Con”, que é um evento que rola anualmente em várias partes do mundo – o mega evento que começou, timidamente, na década de 70, no verão de San Diego, na Califórnia, já se estendeu também para Nova York, Las Vegas, Sidney na Austrália, Toronto no Canadá, e agora também em São Paulo.
O festival gira em torno de todas as manifestações artísticas da 7ª à 11ª arte – que inclui cinema (séries televisivas, longas e curta-metragens, de animação e “live-action”), histórias em quadrinhos (também chamada banda desenhada ou simplesmente BD), jogos eletrônicos e artes digitais em geral – com o objetivo de promover os lançamentos de filmes e séries televisivas e novidades do mercado dos quadrinhos, games e brinquedos (colecionáveis em sua maioria).
E muitos dos aficionados nestas artes se vestem “a rigor”, fantasiados no melhor estilo de seus heróis prediletos, e estes fanzocas reproduzem inclusive “a performance e os malabarismos” característicos dos seus ídolos – são os chamados “cosplayers” (“cosplay” é a abreviação da expressão “costume play”), com concursos e prêmios para as melhores fantasias e performances.
É praticamente uma “festa a fantasia” a céu aberto, com (quase) todos vestidos “a caráter” (tanto os artistas como o próprio público). Famosos do “mundo dos super-heróis” , tais como Johnny Depp (“O Pirata do Caribe”), Natalie Portman (“V de vingança”) e Robert Downey Jr (“O Homem de Ferro”) são algumas das “figurinhas fáceis” encontradas nestes festivais na América, promovendo os seus trabalhos, ou mesmo só curtindo o festival, pois não é preciso ser “geek”, nem mesmo “nerd”, para curtir o divertido evento.
E para provar o meu jeito “algo nerd de ser”, eu estive em “Sampa”, no “Brasil Comic con”, vestida “a caráter” – num dia, eu “ataquei” de Batman, na versão feminina do super-herói (porque a roupa da “Batgirl” é muito “piriguete”, não combina comigo) e, no dia seguinte, eu fui de “Mike, Monstros S.A.” (também na versão feminina, óbvio) e fui “atacada” por um musculoso “Volverine”(um “geek” prá lá de charmoso, kkk) e, no próximo mês (em dezembro) vai rolar o “Comic Con Experience” (de novo, em São Paulo), e no próximo ano, “me aguarde, San Diego” – ou seja, para curtir o festival, basta “se deixar levar” e voltar à infância... afinal, quem nunca foi criança um dia??!!
Postado por *Rosemery Nunes ("Adorável anarquista")
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