Wytches || Bruxas à solta na Image Comics


Roteiro: Scott Snyder           Arte: Jock


Depois de uma semaninhas ausente, eu voltei com uma série nova da Image. Pensei bastante e ao invés de trazer uma série com um arco completo (6 edições), eu vou trazer uma que tá começando agora. O lado bom, vocês podem acompanhar do começo. O lado ruim, não vai ter hora do merchan. E também achei uma boa pra semana do Halloween.

Isso é, praticamente, eu nas festas de Halloween

Eu gosto de uma boa  história de terror, aquele tipo de história que te envolve e te deixa tensa por dias. Bruxas nunca me marcaram tanto, talvez por eu ver elas como um ser sobrenatural menor, diferente de lobisomens e vampiros. Acho elas muito humanas, aí quando vem algo como Wytches, a minha atenção é capturada.

Logo no início, nos apresentam a definição da palavra "witch", bruxa em inglês. Engraçado, que eu nunca tinha parado para ler o significado de "witch", e observei que a maioria dos plots de filmes, séries e etc, que conhecemos foram tirados desse conjunto. 
Depois disso, aparece pessoas sangrando presas dentro de árvores, aparentemente, sendo consumidas por essas árvores. 
Okay. 
Conseguiram minha atenção.

Bizarro na medida certa.

Então, somos apresentados há uma família, em primeira vista comum, chamada Rooks. 
Um pai, Charles, super legal com um emprego de cartunista. Uma mãe, Lucy, deficiente física e uma adolescente, Sail, com problemas de ansiedade.
Eles moram numa dessas cidadezinha interioranas dos Estados Unidos, em uma casa antiga em meio de uma floresta. Com uma estradinha ligando a rodovia, e ah, eles acabaram de se mudar.

Tirando o cenário "Stephen King", é um grupo de personagens bem interessante. Geralmente, estamos acostumados com a família perfeita se mudando para a cidade misteriosa que só tem uma lanchonete que só serve torta de cereja. O fato da mãe ser deficiente já faz passar por inúmeras situações agoniantes na minha cabeça... E o pai... um cartunista... como todos aqueles desenhos infantis espalhados pela casa… Cenários macabros se formando. Querendo ou não a intenção do Snyder de manter todo esse suspense dando só informações necessárias para a trama até o atual momento, é um ótimo meio de preparar terreno.

A regra é clara: Uma só lanchonete + torta de cerja = cidade assombrada.

Voltando a cidade, diferente do que esperamos, não somos apresentados a ela, muito menos sabemos onde é, e os personagens em nenhum momento se relacionam com ela. 
Tirando Sail, que vai para o seu primeiro dia na escola nova e então descobrimos o porquê eles se mudaram e Sail vira o ponto de interesse no quadrinho.
Algum tempo atrás, Sail entrou em problemas com uma valentona da escola. A valentona a leva para uma floresta, e é atacada por um arvore, sendo sugada para dentro da mesma.

Vocês estão vendo o padrão? Criou o terreno com os personagens e a cidade, foi apresentado o personagem principal e agora, vem o grande vilão?
É de se esperar que sim, mas o Snyder prolonga a nossa curiosidade pra próximas edições.

Malditos cliffhangers.

Eu gosto de todo o conceito de que árvores são bruxas, ou pelo menos, de que elas estão dentro delas. Quem já andou por meio de uma floresta, sabe o quanto dar pra se sentir observado e inseguro. É como se realmente tivesse algo lá esperando pra te pegar. E aí sua imaginação corre louca.
Acontece direto aqui, até nas escadas do prédio... Mas também porque tem câmera.

Tenho que admitir que conheço muito pouco do trabalho do Scott Snyder porque ele escreve pra DC Comics, editora que não acompanho. E ainda menos, porque ele escreve Batman, personagem que não curto muito. Só li mesmo American Vampire (Vampiro Americano) e bem, ele faz o mesmo tipo de terror arrastado que aqui, mas aqui, é bem mais Stephen King, então ele está indo por um bom caminho.
Jock é um cara que gosto muito, tem um estilo meio sujo, que combina demais com a HQ.

A primeira edição se parece bastante com isso:

Eu tive achar o jeito pra "Hora do Merchan".

A #2 está vindo aí em novembro. E eu volto próxima semana com mais uma série da Image que ainda não escolhi.

Por favor, não comam tortas de cerejas em cidades esquecidas pelo mundo. Por favor...


por Tatiana Ferreira


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