Chegou ao fim, na semana passada, a primeira temporada (composta de dez episódios) da série americana “The Leftovers”, baseada na obra escrita do escritor Tom Perrota (no Brasil, intitulado “Os deixados para trás“). E, ao que parece, vai haver novas temporadas, mas só no próximo ano, sem data prevista ainda.
Para quem ainda não conhece, a história ficcional gira em torno de um misterioso desaparecimento (simultâneo e sem explicação) de cerca de cento e quarenta milhões de pessoas do mundo inteiro que, literalmente, “evaporaram” no ar, muitos deles bem em frente aos seus familiares e conhecidos.
A abertura da série “The Leftovers” faz uma curiosa alusão à pintura da Capela Sistina, feita pelo artista Michelangelo Buonarroti. Os afrescos originais pintados, um a um, pelo mestre italiano que viveu no século XV, contam as passagens bíblicas descritas no “Antigo Testamento”.
Tal qual a pintura, que
representaria o “arrebatamento divino”, talvez devamos enxergar, por
enquanto, a série por partes, cada história seria um fragmento,
um afresco do que se quer contar, principalmente dos que foram “deixados para trás”.
O livro (e, por enquanto, também a série) fala de uma “partida
repentina”, e muitos dos personagens acreditam tratar-se de um “arrebatamento
divino”, mas que, se assim o fosse, este não deveria ter sido aleatório do jeito como aconteceu (porém, na
vida real, a tal “colheita” é na verdade indiscriminada, diferente do
que proferem os vários livros ditos sagrados).
Assim, outros já interpretam que
o “arrebatamento divino” não seria só dos “sem pecado, dos que seguem os
preceitos divinos”, pois na própria Bíblia este tema é controverso, pois se
todos nós teríamos a opção do perdão divino, então...
A recente série já está “dando o que falar”. Começando pelo tema
polêmico, que dá margem a inúmeras “teorias” (teológicas, ufológicas,
conspiratórias, etc) para tentar explicar o tal desaparecimento, como também pelas
fofocas em torno da mesma e pelos comentários (nada sutis) sobre a má fama do
produtor executivo e também roteirista da série, o Damon Lindelof.
O roteirista já é um “velho conhecido” dos aficionados em séries, pela polêmica que foi o fim da
série “Lost” (com o tal, totalmente “perdido”, no meio de tantas perguntas propostas
ao longo da extinta série, que acabaram ficando literalmente sem respostas,
mesmo findada a mesma). Ou seja, rola certo temor dos telespectadores de que o tal
Damon vá de novo “surtar” e deixar novamente o público “a ver navios”.
“Dizem as más línguas” que Damon Lindelof, antes de aceitar esta nova
empreitada, teria sido convidado para adaptar a série literária “A torre negra”
(de Stephen King, composta por oito livros), e que ele (Lindelof) desistiu, com
medo de “estragar um dos textos mais criativos que ele já tinha lido na vida”
(ufa... pelo menos, ele tem autocrítica e parece que tomou “semancol” desta
vez).
E “Lost” não foi o único fiasco da carreira do Damon(íaco) – ai, que
maldade a minha, mas não pude evitar o trocadilho com o nome do tal (kkk) – vide
o longa “Prometheus”, ficção científica que tanto “prometeu” e não cumpriu. O aclamado
cineasta do filme, Ridley Scott (que dirigiu também os ótimos “Alien, o oitavo
passageiro” e “Blade Runner, o caçador de androides”) não conseguiu o êxito que
vinha previamente sendo anunciado em torno do filme em questão.
O trailer do filme “prometia”, por conta dos inúmeros efeitos especiais,
e cuja história (que seria uma “premissa de Alien”) conta com tripulantes de uma
nave (de nome “Prometheus”) que tinha como missão encontrar, em outro planeta,
um espécime que seria “o fundador, geneticamente falando, da espécie humana”.
Mas a conclusão final de “Prometheus” é sofrível, muito aquém da
expectativa gerada, e muito do fiasco ficou por conta da adaptação equivocada
do Lindelof que participou do roteiro e da produção executiva (o que se conclui
que, qualquer semelhança com o engodo que foi o final de “Lost”, não é mera
coincidência, é “apenas” o Damon por trás das câmeras).
Mas, quanto aos “deixados para trás”, ele ainda não se desviou do
“caminho do bem”, mas vamos esperar pela nova temporada, até porque para quem
leu o livro de Tom Perrota (como eu já li) a sensação é de que a série já acabou,
por conta da cena final do décimo episódio que coincide com a do final do livro.
O produtor já mudou bastante o destino dos personagens do livro, mas até agora
não comprometeu o cerne principal da história.
O escritor americano Stephen King (além de “A torre negra”, é autor de
muitos outros livros famosos, inclusive o seu ótimo “The shinning”, O iluminado, já
foi levado ao cinema pelo diretor Stanley Kubrick) definiu muito bem os
“deixados para trás” de Tom Perrota, ao dizer que “o autor revela a reação das
pessoas comuns a acontecimentos extraordinários e inexplicáveis, assim como
mostra a sutil facilidade com que a fé se transforma em fanatismo, e como o
poder da família tanto pode ferir como curar um indivíduo”.
E, ainda segundo o célebre escritor Stephen king (também autor de
“Carrie, a estranha”, cinematografado para o cinema, na década de 70, pelo
diretor Brian de Palma, enquanto o recente “remake” fica muito aquém do original), a história do livro “The Leftovers” seria, “uma
metáfora do esfacelamento político e social dos EUA após o 11 de setembro”.
E, reforçando as sábias palavras de Stephen king, eu diria mais: pode até parecer surreal a crença cega dos seguidores do “Santo Wayne”, ou a estranha filosofia de vida dos então chamados “Remanescentes Culpados” do referido livro ( e também da série adaptada ), mas a História da Humanidade tem exemplos verídicos de fatos tão perturbadores quanto, ainda no finado século XX.
Como, por exemplo, o suicídio coletivo, na década de 70, comandado pelo
fanático pastor americano Jim Jones, líder de uma seita religiosa, e fundador
da sua própria Igreja (que denominou “Templo dos povos”), que resultou em quase
mil mortes por envenenamento (inclusive crianças recém-nascidas) no vilarejo
chamado “Jonestown” (na Guiana inglesa) e o próprio Jim Jones se suicidou com
um tiro na cabeça.
E uma década antes (nos anos 60) tivemos o caso também verídico da
“Família Manson”, formada por jovens desajustados de famílias abastadas dos EUA
e liderada por Charles Manson (que era considerado, pela tal “família”, a
reencarnação do próprio Jesus Cristo), mentor de vários assassinatos em série
nos EUA (o “anticristo” encontra-se vivo em prisão perpétua até os dias de
hoje), inclusive da morte da atriz Sharon Tate, na época esposa e grávida do
cineasta Roman Polanski.
E, interessante, porque é exatamente assim que surgem os falsos
curadores e profetas. Por exemplo, eu mesma conheci um senhor que, se alguém
estivesse, por exemplo, com cefaléia, ele “orava” em voz alta, propondo a
“cura” imediata do mal estar, e a seguir perguntava sobre o sintoma, e se a
resposta fosse a “melhora da dor de cabeça”, ele então se vangloriava pelo
próprio “poder de curador que Deus lhe havia concedido”, mas se ao contrário a
resposta fosse que “não houve melhora”, o problema então passava a ser do “portador do mal”, que era então tachado de “um homem de pouca fé” pelo tal (“mediunidade
e poder de cura” assim é fácil, não?).
E qualquer semelhança do “Santo Wayne” (o falso profeta da série) também com o
pastor Edir Macedo (e o seu “poder de cura”), por exemplo, não é nenhuma mera
coincidência, e “o dízimo é só mais uma pequena contribuição” para que a “fé
mais facilmente se manifeste”. E a sensação de perda e abandono que a maioria dos fiéis buscam “curar” é um
terreno fértil para estes falsos profetas.
Como diz o subtítulo no Brasil, o livro “The Leftovers” (que significa “sobras,
restos”) se detém nos “deixados para trás” e não “nos que se evaporaram”, sem
tentar responder que fim levou os que se foram, pois seria “cair” nos velhos
dilemas (dependente de cada religião e crença): “Deus existe?”, “As profecias
da Bíblia ou as centúrias de Nostradamus se concretizarão?”, “Existe céu e inferno?”,
“Vamos reencarnar ou apenas virar pó?”, e por aí vai...
A proposta do livro (e espero que continue também sendo da série, isso
se o DamonÍACO não fizer m....) é mostrar a “psiquê” humana diante das perdas
inesperadas, e mostrar como somos fracos e despreparados para a única coisa que
podemos ter certeza nesta vida, que é a de que todos, sem exceção, um dia vamos
todos “partir” (desta para melhor??) sem deixar vestígios.
O autor Tom Perrota, espertamente, “arrebata” de maneira randômica a todos (cerca de 2% da população mundial, incluindo recém-natos, também bandidos, religiosos, assassinos, bons maridos, promíscuos, etc) justamente
como acontece na vida real, ou seja, a “Dona Morte” não escolhe pessoas do bem
ou do mal, crianças ou velhos, todos um dia se vão, mais cedo ou mais tarde (pecadores
ou não, tanto o correto como o promíscuo, o feliz e o depressivo, o descrente e o
temente a Deus).
No livro, os chamados “Pés descalços” (que, na série, não foram ainda
retratados) pregam sexo livre e vida promíscua, são “hippies” aguardando “o fim
do mundo”, aproveitando tudo o que há de lascivo e mundano até a “hora da
partida”, já que para eles nada mais faz sentido, a não ser “aguardar a vez” deles
da melhor maneira possível no plano terreno (já que não mais acreditavam num
mundo celestial).
Enquanto “os Remanescentes Culpados” vivem sem sexo, sem conforto, sem
tradição, sem família. Extremistas, buscam formas radicais de alcançarem seus objetivos e ironicamente fumam muito,
talvez numa solução para irem “desta para melhor” mais rapidamente porque, segundo
relatos bíblicos, depois do “arrebatamento divino”, sete anos se passariam para
“mais uma única leva de escolhidos” até o fatídico “Armagedon” (“a batalha
final entre as forças do Bem e do Mal”).
Eu costumo ser cética em relação a coisas “do lado de lá, do outro
mundo”, tenho a tendência a enxergar tudo pelo lado emocional ou científico,
assim histórias ficcionais (de alienígenas, espíritos do mal, ocultismos e
outros), eu tento explicar da forma mais racional possível, cuja imaginação e
explicação devem-se em grande parte a ação de drogas alucinógenas e/ou resposta
da mente humana aos conflitos psíquicos e emocionais que estamos sempre e infinitamente
sendo testados.
Por exemplo, eu não acredito em alienígenas, mas quando se
trata de cinema, se o cineasta for convincente na maneira de contar sua
história, de “vender seu peixe”, eu literalmente “embarco” nela, como é o caso
do ótimo “Distrito 9”,
que convence com os seus alienígenas mendigando pelas ruas africanas de
Johanesburgo, mérito do cineasta novato Neil Blomkamp, de nacionalidade
sul-africana, que criou, com baixíssimo orçamento, um filme espetacular, com
uma sátira fria e cruel do nosso mundinho, na pele dos alienígenas excluídos do
convívio com a sociedade, numa espécie de “apartheid” que tanto conhecemos
entre os seres humanos.
E apesar de, por
exemplo, eu também não acreditar em vampiros, mas se o cineasta me convencer,
eu até protejo minha jugular na hora do filme (vai que alguém do meu lado, no
escurinho do cinema, resolva sugar todo o meu sangue, kkkk). Se bem que eu
entregaria, de muito bom grado, meu pescoço para os belos vampiros Tom Cruise,
Antonio Banderas e Brad Pitt (rsrs) em “Entrevista com o vampiro”.
Assim, o livro “The Leftovers” (e, por enquanto, também a série) aborda o lado
emocional das pessoas que sofreram perdas repentinas e irreparáveis, mas as
reações delas podem ser interpretadas diferentemente pelos que acreditam em
milagres ou em coisas divinas, ou premonitórias, ou ufológicas, ou tantas
outras explicações, mesmo que nem sempre plausíveis.
A série (e o livro, principalmente) mostra também a hipocrisia dos que ficam “endeusando os que se
foram”, como se estes tivessem sido “santos” enquanto vivos (mas, na verdade, descobre-se que muitos
deles eram promíscuos, relapsos, e outras “qualidades” secretamente camufladas
na vida terrena).
Ou seja, se
uma pessoa morre tragicamente, ou fica doente gravemente, aí de “motherfucker”
passa a “santo”? Haja hipocrisia. O livro mostra exatamente isso, os que se foram “viraram anjos”, e os que ficaram se sentem “preteridos da bondade divina”. E é
daí que facilmente surgem os falsos profetas, os fanáticos e os lunáticos.
É nada mais
nada menos o que acontece por aí no nosso mundinho real. Basta alguém morrer
subitamente ou tragicamente (por uma doença grave ou acidentalmente) para
virarem “santos”.
Sinceramente, costumo dizer que “vou para o inferno, mas levo (o)a fulano(a) comigo”, pois conheço muitos que usam a própria doença para obterem benesses e regalias em detrimento do seu próximo; detesto esta hipocrisia, podem achar uma heresia as minhas palavras, não ligo quando dizem ser um sacrilégio (quando me ouvem proferir a frase acima), pois como “adorável anarquista”, eu detesto a hipocrisia que há por trás disso.
Sinceramente, costumo dizer que “vou para o inferno, mas levo (o)a fulano(a) comigo”, pois conheço muitos que usam a própria doença para obterem benesses e regalias em detrimento do seu próximo; detesto esta hipocrisia, podem achar uma heresia as minhas palavras, não ligo quando dizem ser um sacrilégio (quando me ouvem proferir a frase acima), pois como “adorável anarquista”, eu detesto a hipocrisia que há por trás disso.
E, no “Novo Testamento”, há também a figura do “Anticristo”, um falso “salvador” que viria “dominar o mundo”, e também há relato da vinda dos “Cavaleiros do Apocalipse” que trariam
os escritos com os sete selos contendo “a revelação divina”, guardada por um
profeta escolhido por Deus. Segundo as escrituras, a
abertura de cada um destes selos implicaria num malefício para a humanidade.
O primeiro selo a ser aberto pelo primeiro cavaleiro revelaria o
“anticristo” (que, no caso da série, seria o “Santo Wayne” e suas virgens) e os
cinco demais selos representariam a guerra, a doença, a fome, a miséria e a
morte, faltando então o sétimo e último selo.
O instigante e filosófico filme “O Sétimo Selo”, do renomado cineasta
sueco Ingmar Bergman, em preto e branco, da década de 50, mostra a inesquecível e antológica cena do cavaleiro
medieval que, literalmente, joga xadrez com a Morte para tentar salvar a
própria vida, e o título do filme é uma remissão ao livro bíblico que diz
que “a abertura do sétimo selo levaria efetivamente ao Apocalipse, ao fim
dos tempos”.
O que consigo
perceber é que, cada vez mais, o mundo estaria melhor se não houvesse
religiões ou crenças. Acredito que o ser humano precisa sim de espiritualidade (que nada tem a ver com crenças ou religiões) para se tornar mais humanitário e mais comprometido com o próximo, independente se isso vai ou
não levá-lo ao “Paraíso”. Isto é o que o verdadeiro e puro “anarquismo” prega, talvez por isso mesmo, uma utopia.
Muitas das
atrocidades do mundo acontecem por conta de rivalidades que têm como centro primordial as discórdias entre distintas crenças e religiões, vide o eterno conflito, que é transmitido de geração a geração, entre palestinos e israelitas, muito bem documentado no ótimo “Promessas de um Novo Mundo”, no qual crianças dos dois lados (judias e islâmicas) se perguntam o por quê de terem que se odiar tanto, com cada lado reivindicando direitos exclusivos da “Terra Prometida” e proclamando-se os únicos herdeiros do “Paraíso”.
E o livro “The Leftovers” mostra muito bem todas estas crenças e fanatismos (e ódios e discórdias entre crenças distintas), falsos profetas e lunáticos. É bem verdade que tem partes do livro que são bem chatinhas e dispensáveis, mas no geral a leitura é agradável e envolvente.
E o livro “The Leftovers” mostra muito bem todas estas crenças e fanatismos (e ódios e discórdias entre crenças distintas), falsos profetas e lunáticos. É bem verdade que tem partes do livro que são bem chatinhas e dispensáveis, mas no geral a leitura é agradável e envolvente.
Para descontrair (pois o tema, do livro e da série em questão, é pesado) vamos às fofocas em torno de “The Leftovers”: a mais comentada
foi o “pacote” (rsrs) que sobressaía entre as pernas do ator Justin Theroux,
logo nos primeiros minutos do primeiro episódio da série (e que se repetiu ao longo dos
demais episódios, e que também é descrito em detalhes no livro).
A cena ficou muito evidente
na tela, pois não havia falas nem legendas para tirar nossa atenção da cena,
apenas o ator Justin praticando “cooper” com uma calça de “jogging”, sem “underwear” por baixo, impossível não notar (pelo menos, nós mulheres, notamos,
rsrs).
A tal cena foi motivo de muitos “ti-ti-tis”, em várias revistas e programas americanos sobre celebridades, inclusive foi o comentário de uma das parceiras
de cena do ator, a atriz Liv Tyler, que também não deixou de perceber o
“pacote avantajado, totalmente solto e à vontade” do ator (a noiva de Justin, a também atriz Jennifer Aniston,
a Rachel do extinto seriado “Friends” e ex do Brad Pitt, que se cuide, kkk).
E, para descontrair mais um pouco, porque “ninguém é de ferro”, com tantos “motherfuckers” espalhados pelo nosso mundinho real, deixo a sátira da boa fase brasileira, na década de 80/90, em matéria de programas humorísticos, com Chico Anysio como Tim Tones, numa alusão ao verdadeiro lunático Jim Jones dos anos 70.
E o seriado americano “South Park”, com seu humor ácido e nada sutil, ironiza, como um todo, as inúmeras religiões que se “vangloriam”, cada uma com suas crenças e dogmas, como se fossem “os donos da única verdade absoluta” e que, por sua vez, acreditam que todas as demais (religiões) estariam “equivocadas, no caminho das trevas”.
No caso da sátira do “South Park” (aos 9 minutos, do vídeo abaixo, “season 4, episode 10”) apenas os mórmons (que constituem a menor parcela da população de adeptos norte-americanos) é que teriam direito ao “Paraíso”, enquanto os devotos de todas as demais religiões (muitas delas numerosas em seguidores), por terem feito a “escolha errada”, iriam todos, sem exceção, para o inferno (kkk).
Postado por *Rosemery Nunes ("Adorável anarquista")
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